segunda-feira, 15 de junho de 2009

Noite Negra

Acordei!
Não me sentia nada bem. No meio da escuridão, não estava sozinha e sentia uma força a tocar-me. Pensei que o melhor seria acender a luz do candeeiro na mesa de cabeceira ao meu lado. Peguei no interruptor, mas não aconteceu nada, estranhei e insisti. Acendeu-se uma luz, mas não a que estava à espera. Fiquei tão confusa... então agora tinha duas mesas de cabeceira, uma ao lado da outra, com candeeiros que não conhecia?? O que se estava a passar?? Olhei em volta e estavam coisas fora do lugar, objectos que não reconhecia...
Pensei que o melhor seria levantar-me e ir até à sala fumar um cigarro para me acalmar. Custou-me imenso a fazê-lo, mas arranjei forças. Saí para o corredor e perto da porta da casa-de-banho, no chão, estava uma tesoura aberta, com um líquido que não reconheci. Muitas coisas estranhas estavam a acontecer e eu estava a começar a ficar com medo.
Cheguei à sala, acendi um cigarro e pensei em ligar a alguém para não me sentir sozinha, mas era tão tarde e não ia acordar as pessoas por causa de sensações estranhas. Fui até à varanda para apanhar ar, mas ao chegar ao parapeito, senti uma força empurrar-me. Agarrei-me com força e só pensei que aquilo não me estava a acontecer. A custo, consegui ir até à sala e pensei voltar ao quarto. Abri a janela, mas voltei a ter a mesma sensação, à qual se juntou o vómito.
Deitei-me e era como se estivesse rodeada de presenças estranhas. Só pensava que nunca mais iria conseguir dormir no meu quarto nem ficar sozinha à noite. O que iria fazer?? Era tudo tão confuso e surreal... Senti-me sozinha.
Acordei!

domingo, 7 de junho de 2009

Pai e Mãe

Tive um filho. Estava no hospital e queria vir embora, mas não me deixavam trazer a criança. Só a podia ver a cada 15 dias.
Estava em casa e nervosa, ia a um jantar e a minha mãe estava a ajudar-me a escolher o vestido. Achei-o piroso, mas parece que me ficava bem. Estava nervosa e comentava com a minha mãe o facto de o pai não querer aceitar o filho.
Fomos ao jantar, correu tudo bem, mas não consegui estar com o pai do meu filho. Voltei para casa ansiosa.
Mais tarde, ele apareceu. Sorrimos, estava tudo bem.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ginásio ou Vale?

Saída com os amigos. Procurávamos um sítio para ir comer. Grande confusão... todos queriam ir a sítios diferentes. A minha mente estava ansiosa, tinha o tempo contado para ir para a minha aula de Body Combat.
Sem perceber muito bem como, consegui uma boleia até ao ginásio, mas embora conhecesse bem aquele lugar, hoje estava diferente...
Fui à recepção, mas não conheci as pessoas. Fiz a minha inscrição na aula e dirigi-me à sala.
De repente, estava num vale pintado a verde. Não havia mais nada, senão um manto de erva fofo que se estendia por montanhas da mesma cor. Acima delas, o céu completamente azul contrastava na perfeição com o verde à minha volta.
Estranhei e percorri aquele vale, sentindo uma paz enorme. Seria aquilo o paraíso? Era bom demais para ser verdade. Senti uma vontade imensa de partilhar aquela sensação. Estranhamente, tinha comigo o meu telemóvel e telefonei à amiga de sempre. Contei-lhe ao pormenor onde estava e as sensações de confusão e paz que estava a sentir.
Deitei-me naquela erva perfeitamente suave e deixei-me ficar a olhar o céu.
Depois, ficou tudo negro e.... acabou...

domingo, 3 de maio de 2009

Viagem

Levantei-me para ir trabalhar. De repente, lembrei-me que tinha de viajar para um país distante e corri para o aeroporto.
Quando cheguei ao terminal de ligação, vi que tinha muito tempo para o check-in e andei a vaguear por ali.
Quase em cima da hora, fui para a fila e quando chegou a minha vez, o assistente foi-se embora e disse-me que já não podia embarcar. Desesperei, gritei com ele, mas não adiantou de nada.
Dirigi-me a todas as pessoas para reclamar da situação, mas assim que se apercebiam que ia apresentar uma reclamação, inventavam uma desculpa e deixavam-me a falar sozinha.
Era uma corrida contra o tempo para chegar a horas ao meu destino e ninguém me queria ouvir.
O aeroporto estava a ficar vazio... só havia malas onde supostamente devia haver pessoas. Olhei para a minha mala, abri-a e estava cheia de telemóveis. Entrei em pânico ao ver a polícia dirigir-se a mim. Queria explicar-lhes que não tinha sido eu a roubar aqueles telemóveis todos. Chorei desesperada, a rezar para que não me prendessem. Senti um abraço, um polícia a dizer-me que estava tudo bem e que sabiam que não tinha sido eu. Tive um ataque de ansiedade que deixei prolongar apenas porque me sabia bem aquele abraço.