domingo, 3 de maio de 2009

Viagem

Levantei-me para ir trabalhar. De repente, lembrei-me que tinha de viajar para um país distante e corri para o aeroporto.
Quando cheguei ao terminal de ligação, vi que tinha muito tempo para o check-in e andei a vaguear por ali.
Quase em cima da hora, fui para a fila e quando chegou a minha vez, o assistente foi-se embora e disse-me que já não podia embarcar. Desesperei, gritei com ele, mas não adiantou de nada.
Dirigi-me a todas as pessoas para reclamar da situação, mas assim que se apercebiam que ia apresentar uma reclamação, inventavam uma desculpa e deixavam-me a falar sozinha.
Era uma corrida contra o tempo para chegar a horas ao meu destino e ninguém me queria ouvir.
O aeroporto estava a ficar vazio... só havia malas onde supostamente devia haver pessoas. Olhei para a minha mala, abri-a e estava cheia de telemóveis. Entrei em pânico ao ver a polícia dirigir-se a mim. Queria explicar-lhes que não tinha sido eu a roubar aqueles telemóveis todos. Chorei desesperada, a rezar para que não me prendessem. Senti um abraço, um polícia a dizer-me que estava tudo bem e que sabiam que não tinha sido eu. Tive um ataque de ansiedade que deixei prolongar apenas porque me sabia bem aquele abraço.

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